Confiança da Construção avança e atinge o maior nível desde junho de 2014

Confiança da Construção avança e atinge o maior nível desde junho de 2014O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, subiu 3,3 pontos em dezembro, para 92,3 pontos, atingindo maior nível desde junho de 2014 (92,9). Em médias móveis trimestrais, o índice registra alta de 1,7 ponto, mantendo a tendência ascendente iniciada em junho deste ano.

“Em um ano marcado por paralisação de obras do Minha Casa Minha Vida, liberação dos recursos do FGTS, queda na taxa de juros e expansão do crédito habitacional, o indicador da confiança setorial registrou altos e baixos, mas alcançou em dezembro o melhor patamar desde 2014. O indicador de Situação Atual ainda não recuperou o patamar do final de 2014, mas registrou uma melhora expressiva no segundo semestre, o que corrobora as projeções de que em 2019, o setor terá encerrado um ciclo de cinco anos de retração”, avaliou Ana Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.

Com a alta do ICST em dezembro, o índice subiu pelo terceiro mês consecutivo e fecha o ano de 2019 com ganho acumulado de 6,9 pontos. O resultado deste mês do ICST veio da contribuição dos seus dois índices, Índice de Situação Atual (ISA-CST) e Índice de Expectativas (IE-CST).

O ISA-CST avançou 1,3 ponto, para 82,6 pontos, maior nível desde janeiro de 2015 (85,3). Já o IE-S subiu 5,2 pontos atingindo 102,2 pontos, maior nível desde junho de 2013 (102,6). O destaque para o resultado do IE-S foi a contribuição do indicador de demanda prevista nos próximos três mês, que após dois meses de queda subiu 6,2 pontos em dezembro, a maior variação na margem da toda série,para 103,2 pontos, o maior patamar desde junho de 2013 (104,8 pontos). O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor subiu 1,4 ponto percentual, para 71,9%. Em relação aos NUCIs para Máquinas e Equipamentos e para Mão de Obra, as variações foram idênticas em 1,4 ponto percentual.

Emprego A melhora da atividade no segundo semestre também se refletiu em um ritmo mais intenso de contratação: dados do Caged apontam que em 12 meses até outubro, o saldo líquido na construção alcançou 57 mil empregos. Vale destacar que os empresários chegaram ao final do ano apontando a continuidade de alta nos empregos. “A melhora ainda é tímida face a forte contração dos últimos cinco anos, mas há finalmente perspectiva de continuidade desse movimento ao longo de 2020, ” observou Ana Maria Castelo.

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Por Portal IBRE FGV

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